domingo, 24 de julho de 2016

Segunda nota de esclarecimento à mídia

À mídia.

No dia 18 de julho de 2016 fora escrito na página oficial da mídia o artigo “Grande Inimigo da Atualidade” por Mateus Gildo e Vitória Macedo, cujo objetivo seria de criticar o Partido Educacional Social Democrata (PEPSD) e mostrar seu posicionamento diante do mesmo. Neste foi citado, dentre outras coisas, o seguinte trecho:

No partido em questão, pode se ver que em seu estatuto, é fortemente pontuada a luta contra as desigualdades sociais, introdução sobre culturas diferentes, diálogos sobre questões econômicas e sociais, mas se formos mais a fundo, percebe-se que isso tudo não passou de uma farsa e que ao longo dos anos, nada em questões do tipo foram devidamente corrigidas.

   Não ficou bem claro para nós, integrantes da mídia sobre qual seria a real reforma social que tanto falam em seu estatuto, melhor dizendo, como é que vão fazer para acabar com toda essa desigualdade social presente em nossa sociedade atual? Será que eles sabem o que estão fazendo? Será que o partido está realmente pronto para agir de tal forma? Porque de certa forma, o que está a se fazer, é escondê-las  pois ao passar do tempo, isso que o PESPD vem tanto “defendendo” em sua jornada, está apenas sendo mascarado através de reais posicionamentos, como é que querem por um fim em tudo isso se no final das contas, defendem a propriedade privada?

    Concluímos esse nosso posicionamento com uma simples pergunta: Quais são os reais defensores da liberdade?”

A partir do referido trecho, representando o partido em questão, viemos atrás deste comunicado trazer uma réplica às afirmações feitas pela mídia, com o intuito de esclarecer as questões postas e de apresentar nossa posição sobre a mesma.

No começo do trecho afirma-se que nossa luta, e assim, a luta dos partidos Sociais Democratas contra as desigualdades sociais e o diálogo sobre questões econômicas são apenas uma farsa quando olhadas a fundo, pois estas não foram devidamente corrigidas ao longo dos anos pelos países que aderiram a Social Democracia como ideologia política.

Se faz necessário destacar antes de tudo, que os países no qual esta afirmação se refere são os chamados Países Nórdicos, sendo eles, Dinamarca, Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Estes estão dentro dos 20 países com o maior IDH do mundo – Índice este concebido pela ONU (Organização das Nações Unidas) e utilizado para avaliar o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida de uma população –, estando a Noruega inclusive em 1º lugar da lista. Outro ponto de destaque é que dentre os países com melhor coeficiente de Gini – Índice de medição de desigualdade social e concentração de renda, dado pelo Banco Mundial – estes países se encontram entre os países mais igualitários do mundo.


Tendo isso em vista soa no mínimo equivocada a afirmação sobre a farsa na correção destas questões, pois como mostram os dados anteriores fornecidos pela ONU e pelo Banco Mundial, basta uma pequena interpretação para visualizar que estas foram mais que solucionadas, sendo o modelo Social Democrata Nórdico e os países que o adotam “provavelmente os mais bem governados do mundo” segundo artigo do jornal The Economist publicado em 2013.

Nós visamos, assim como estes países, o Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), assegurando a prestação dos direitos humanos básicos e garantido uma mobilidade social, maior igualdade social, de gênero e de renda. Assim, nossos futuros planos de governo, incluindo as reformas sociais que pretendemos trazer à tona, virão com o intuito de trazer estes objetivos para contexto do nosso país, planos estes que ainda não foram divulgados, o que explica a não compreensão por parte da mídia a respeito dos mesmos, que supostamente estariam em nosso estatuto, como descrito no início do segundo parágrafo do trecho anteriormente citado:

Não ficou bem claro para nós, integrantes da mídia sobre qual seria a real reforma social que tanto falam em seu estatuto”

Posteriormente neste mesmo parágrafo há um ponto de discordância que se faz necessário esclarecer. O trecho do mesmo afirma estarmos escondendo “algo”, e que “isso” que tanto defendemos está mascarado através de nossos reais posicionamentos, pondo em seguida um questionamento sobre como pretendemos pôr um fim em “tudo isso” se defendemos a propriedade privada.

Apesar de repetidos esforços para o entendimento do referido trecho no que diz respeito ao “algo” que estamos supostamente a esconder, não chegamos a um consenso, porém acreditamos referir-se à desigualdade social, e assim basearemos nossa resposta nesta crença.

Primeiramente, é possível notar a ideia equivocada que a mídia tem da ideologia política de nosso partido, o que pode ter sido causado por uma falta de análise mais profunda de nosso Estatuto ou, o que é mais provável, a falta de conhecimento acerca das diferenças entre a Social Democracia Clássica e Contemporânea, e seus modelos implementados na vida real. Esta ideia equivocada se mostra na afirmação de defendermos a propriedade privada, ser contraditório à buscarmos a igualdade social. Assim, gostaríamos de pontuar a diferença entre as duas sociais democracias citadas.

A Social Democracia do final do século XIX seria a Clássica. Inicialmente representava a demanda da classe trabalhadora, e os primeiros partidos de massa são partidos sociais democratas, adotando uma política de esquerda e defendendo algumas ideais do socialismo.

Com a vitória dos bolcheviques na Revolução Russa ocorre uma diferenciação entre os comunistas liderados pelos soviéticos, que passam a defender a revolução socialista, e a social democracia clássica, que vai cada vez mais se afastando da ideia de revolução, vai passar a adotar uma política de centro-esquerda em primeiro momento.

Com o passar do tempo, ela vai renunciando cada vez às ideias revolucionárias e vai começar a adotar um programa que tende mais ao centro, e até mesmo em alguns casos como na Inglaterra, França e Espanha, tenderá a uma política mais liberal, ou centro-direita.

Então, a principal diferença entre a social democracia clássica para a contemporânea, é que a clássica tinha um referencial ideológico claramente de esquerda, e ainda acreditava na revolução, mas a contemporânea caminha mais para a direita, renunciando à referência teórica do marxismo e todo o caráter revolucionário.

Assim, gostaríamos de afirmar de forma clara que nós defendemos a social democracia em sua vertente contemporânea, e assim, não é para nós contraditório defender a propriedade privada e a igualdade social, pois diferente do que deixam a entender, não somos a favor da total socialização de todos os meios de produção (o que iria totalmente contra a ideia de propriedade privada), mas sim de um controle maior dos meios de produção privado, assegurando os direitos trabalhistas e o bem estar social, podendo em alguns casos sermos a favor da estatização (principalmente parcial) de algumas empresas.

Por fim, gostaríamos de pontuar acerca do título do artigo “Grande inimigo da atualidade” e de sua pergunta posta no final sobre quais são os reais defensores da liberdade. No começo do texto no qual fora destacado o artigo é feita a seguinte afirmação:

“Hoje em dia, existem muitas questões sobre como podemos melhorar o mundo em que vivemos ou gostaríamos de viver. Muitas pessoas na sociedade atual pensam e repensam sobre quem possa vir a serem seus reais inimigos.”

A partir disso, temos o entendimento de que o objetivo do título somado a isto, tem o intuito de nos relacionar de forma a por nossa ideologia política como inimigo da atualidade, e da sociedade. Isto tão irônico quanto a afirmação de que a social democracia não conseguiu na história alcançar nenhum sucesso no quesito de igualdade social. Afinal não poderíamos nós sermos inimigos da sociedade, sabendo que os países que adotam a ideologia que defendemos são, pelo contrário, os mais igualitários e focados nas questões sociais, e no bem-estar da população.

E para concluir com a questão dos reais defensores da liberdade, só podemos questionar o significado de liberdade para àqueles que escreveram o artigo em questão, pois a nós, liberdade é viver sem distinção de gênero, etnia, sem ser discriminado por sua origem, tendo condições de fazer suas escolhas sabendo que não importa quem seja, sempre terá as mesmas oportunidades reais, como a de todos os outros que o rodeiam, de viver sua vida feliz, da forma que mais lhe convém. É nisso que acreditamos, é essa realidade que buscamos; alcançá-la-emos.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

 Para acessar o anexo ao nosso estatuto, que contém o "Capítulo III - das questões de raça e gênero" clique aqui

domingo, 3 de julho de 2016

Nota de esclarecimento à mídia


                  
            À mídia.

Na última segunda (27/6) foi divulgado na página oficial da mídia, o artigo “Formação dos Estatutos – 1201”, cujo propósito seria divulgar os acontecimentos do sábado anterior(25/06). Neste, fora citado dentre outras afirmações, os seguintes trechos em referência ao Partido Educacional Popular Social Democrata (PEPSD):

“(...)Mas eles aparentam ter dois integrantes que são verdadeiros organizadores, isto é, aqueles que fazem a cabeça de outros participantes: Ana Lopes e Joana Andrade.Já três outros componentes não conseguiram decidir suas funções e aparentavam ter um pouco de dificuldade para participar do debate no PEPSD, pois não falavam muito: Samuel, Ana Beatriz e Anderson. Seria apenas o papel de uma liderança ou o início de um controle autoritário de membros do partido? Será que há um movimento interno de tomada de poder?”

“(...) Entretanto, não fica nada claro qual é a grande novidade desse partido em relação ao outro da mesma turma, pois, em ambos, é possível constatar análises e soluções similares. Será uma falta de clareza ideológica desse partido? Onde está a sua originalidade para aguçar os eleitores e os convencerem que eles representam o melhor para o país? Até agora não nos convenceu.”

A partir dos trechos referidos nós, representando o partido em questão, viemos atrás deste comunicado esclarecer as afirmações e questões citadas anteriormente, de forma a enfatizar nosso comprometimento último com a veracidade dos fatos.

No primeiro momento o artigo cita os membros Samuel, Ana Beatriz e Anderson apresentando certa dificuldade de entrosamento nos debates partidários e de encontrar suas respectivas funções. Gostaríamos de salientar que os membros citados propuseram sim argumentos durante as discussões, sendo de suma importância apontar que estes foram de extrema relevância no processo de planejamento de marketing e também no processo de criação do partido, que começara a ser pensado anteriormente ao dia da realização do Estatuto.

Diferente do que fora dito, já possuíamos uma ideia prévia das funções de cada indivíduo, não havendo dificuldades em relação à delegação das mesmas, apenas um breve debate confirmando se todos estavam satisfeitos com as atribuições que viríamos a exercer, realizando nestas, as devidas trocas se viessem a ser necessárias.Desde a escolha da logo até o que defendemos para nossa sociedade, tudo é peculiarmente discutido para estarmos sempre em consenso, pois a democracia é um valor que seguimos e podemos afirmar que este,nós aderimos desde as raízes do nosso partido, pois isto está bem disseminado entre nós.

Em seguida, se faz necessária uma ressalva no trecho citado pela mídia onde afirma que duas de nossas fundadoras, Joana Andrade e Ana Lopes, “fazem a cabeça de outros participantes” e posteriormente questionam “Seria apenas o papel de uma liderança ou o início de um controle autoritário de membros do partido? Será que há um movimento interno de tomada de poder?”.

Há divergência no trecho acima, pois as referidas fundadoras não estão influenciando,nem muito menos impondo sua opinião sobre os membros do partido, como se deixou a entender. As ideias e decisões das mesmas foram muitas vezes questionadas e postas em debate, e estas ouviram as opiniões dos demais de forma igual e levando-as em consideração, sempre com o devido respeito por seus companheiros.

Assim, todas as deliberações do partido foram tomadas de forma democrática, sem qualquer tentativa de instituir um “controle autoritário dos membros do partido”, ou qualquer “movimento interno de tomada de poder”. Afirmação esta que fora inclusive confirmada pela própria mídia no artigo citado anteriormente com a passagem:

“(...) o PEPSD tem uma boa interação com seus componentes e sempre que há questões opostas, o voto da maioria é o que vence.”

Sobre segundo trecho citado no começo deste pronunciamento, onde é questionado se há clareza ideológica e originalidade, podemos afirmar que foi até então visto muito pouco sobre nós, ainda porque no momento em que saíra a nota da mídia, nosso Estatuto não havia sido publicado. Possuímos princípios ligados à nossa ideologia política é de nosso interesse debatê-los com todos de forma que a execução do que for planejado, busque, através de nosso esforço e trabalho, atender a sociedade integralmente, sendo fiel aos nossos valores.



            Atenciosamente,
                        Giovanna Paiva, Maria Eduarda Morgado e Rodrigo Carvalho 
              

quarta-feira, 29 de junho de 2016